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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

TRAGÉDIA ESCOLAR

Mais uma vez o tema tragédia na escola, volta à mesa de debates por Responsáveis da Segurança, Educadores e Sociedade em geral, na busca da mesma resposta “O QUE FAZER E COMO FAZER ALGO CONCRETO E EFICAZ NA SEGURANÇA ESCOLAR”.

A instauração da insegurança no ambiente estudantil obrigam as autoridades constituídas a criar mecanismos para pulverizar em diferentes grupos sociais a crença na inevitabilidade e irreversibilidade das desgraças até então ocorridas.

Tais ações têm sido apenas de explicações pelas autoridades e de aceitações indignadas por parte da sociedade. Na Rede Bancária de todo o país foram adotadas Portas Giratórias com detectores de metais que comprovadamente mais causam constrangimentos aos usuários comuns dos bancos, do que, uma ação eficaz contra o crime, uma vez que, os assaltos, arrombamentos e outras modalidades continuam existindo e desafiando as autoridades.

Espero que o caso atípico do menino de 10 anos, morador em São Caetano do Sul – SP, que alvejou a Professora e se matou logo a seguir, não seja usado como escudo e pretexto para uma série de medidas ineficazes e constrangedoras e uma exacerbada colocação de portões com detectores de metais e outras parafernálias, nas escolas brasileiras, tornando-as verdadeiros presídios.

Têm que se levar em conta a parte psicológica das crianças, podendo as mesmas até perder para sempre uma das melhores fases da vida, a infância. E o pior perceber muito cedo a crueldade humana. Há que ser feito tudo o que for possível para combater tais absurdos, porém, por que não pensar na criança e incorporar nas grades curriculares, disciplinas tais como: Segurança na escola, Bullying e outras matérias afins, preparando também os professores para tais situações. Em médio e em longo prazo os bons resultados aparecerão.

Quando o Estado se omite, a criança é privada de desenvolver de maneira saudável e justa. Se medidas tivessem sido tomadas e colocadas em prática, na ocasião em que o Rei do Futebol Edson Arantes do Nascimento (Pelé), marcou o seu milésimo gol no estádio do Maracanã (Rio de Janeiro-RJ, em 19 de novembro de 1969), ocasião em que foi assim dito pelo Rei do futebol "Dedico este gol às criancinhas do Brasil”. Já se passaram mais de quarenta anos e nada foi feito para as criancinhas da época e que hoje são a grande maioria da população carcerária do País, cuja faixa etária tem menos anos vividos em relação à data do gol e do alerta dado na época, para que fosse pensado no futuro das crianças brasileiras.

Ensinem a elas seus direitos e suas responsabilidades, assim terão uma infância de criança feliz. Quem sabe um pouco tardio as autoridades constituídas venham a encarar tal problema com a amplitude que ele merece, angariando a confiança e o apoio da população cansada de pedir e não obter retorno. Buscar a eliminação da vida indesejável, das eventualidades e dos perigos previsíveis que nos cercam, gera uma vida tranqüila, saudável e segura.

sábado, 23 de abril de 2011

O Guarda Civil Municipal e a Segurança Urbana

Hoje o sistema de Segurança Pública colocada à disposição dos brasileiros chega à beira da saturação, e para atender às necessidades atuais é preciso ações, estudos e reflexões sérias sobre segurança e, acima de tudo, vontade política.

Grande parte dos municípios brasileiros, apesar das diversidades problemáticas, possui em comum a insegurança urbana. As autoridades responsáveis não encontram um novo caminho capaz de reverter tal quadro, são apresentados projetos, os quais vão se acumulando no Congresso Nacional, sem, no entanto solucionar o problema ou, ao menos, criar diretrizes capazes de trazerem de volta a tranquilidade social.

Grandes conflitos ocorrem nas chamadas zonas urbanas, com as peculiaridades de cada município, tais como: riquezas, localização geográfica, distribuição espacial da população, dentre outros adjetivos. Características que fazem de cada ente federado uma singularidade própria. Fundamentado em tais princípios, vários países com grau de desenvolvimento avançado fortalecem as administrações municipais para fazer tudo a partir do município, e o Brasil já começou a municipalização de vários segmentos da União ou Estado membro, como exemplos, saúde e educação. Assim, por que não viabilizar a municipalização gradual dos serviços de defesa social, quiçá a segurança urbana seja contemplada.

Guarda Civil Municipal, corporação que tem como missão a proteção do patrimônio municipal e a colaboração na segurança pública na forma da Lei. Está amparada pela Constituição Federal, promulgada em cinco de outubro de 1988, em seu artigo 144. Ficou bem claro no caput do referido artigo 144 “A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para as preservações da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.

Não basta a municipalização, simplesmente, há a necessidade de contemplação pelos municípios na distribuição do bolo orçamentário e a redistribuição de responsabilidades. Tais mudanças criam receios de perda de poder político, corporações temem perder espaço e ainda há os que defendem que a multiplicidade de instituições seja ainda um fator agravante no quadro da insegurança. O aparato atual da segurança pública, dada a diversidade de ações criminais, não vem conseguindo dar uma pronta resposta a tudo, o que facilita por demais a proliferação de ações delinquentes A simples presença de um GCM constitui motivo de tranquilidade, sossego e confiança à população.

A Lei precisa ser forte e temida pelos malfeitores, e os representantes da Lei, com a obrigação de fazê-la se cumprir, devem ser respeitados e queridos pelos cidadãos. No campo de segurança, o certo é que, mais cedo ou mais tarde, a municipalização das ações básicas de segurança pública virá. No que tange à competência, várias autoridades com poder de mando vêm sendo instadas a reexaminar a excessiva concentração de poderes da União num só segmento social, quem sabe conseguirão levar a revisão constitucional. Concluindo as Guardas Civis Municipais estão amparadas constitucionalmente, tem como limite de atuação a proteção dos bens, serviços e instalações municipais, assim, lhe é delegada a atribuição de proteger o maior bem que qualquer município possui o CIDADÃO.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Acomodação

Há algum tempo, acreditava-se que as circunstâncias externas eram realmente 100% (Cem por cento) responsáveis pelo sofrimento humano.

Hoje é comprovado um quadro diferente, porque nas mesmas circunstâncias, enquanto algumas pessoas optam pela loucura (uso deliberado de drogas, dirigir veículo embriagado entre várias insensatez), outras optam pelo crescimento, pela mudança, pela renovação.

Não se pode deixar de ver os aspectos negativos da realidade. Conhecendo tais aspectos percebemos suas terríveis influências.  Mas a questão que se coloca para cada um é:

- O que você vai fazer com isto?

– Qual é a sua posição após constatar a falência de tudo ao seu redor?

– Quais são, ainda, os seus sonhos, seus desejos, suas lutas, após isso tudo?

Quando se deseja realmente algo, do fundo do coração, alguma coisa se faz para alcançá-lo e nasce a alegria só de tentá-lo. A acomodação é a forma mais sutil de deterioração e morte, mas, de todos os cantos do mundo estão surgindo apelos de mudança diante da realidade da insegurança pela qual todos estão sujeitos.

Pessoas apáticas, queixosas, revoltadas apenas ao falar, estão dando lugar a um novo tipo de pessoas: pessoas que a par dos seus limites e das dificuldades da realidade, querem tentar, pois acreditam verdadeiramente que é preferível “morrer vivendo a viver morrendo”. E a esperança?

É a antítese da doença da acomodação. É a crença de que enquanto estivermos vivos, podemos descobrir novos rumos, novos caminhos, novas maneiras de lidarmos com o mundo.

Todos são responsáveis pelas suas escolhas e enquanto estivermos vivos, estaremos escolhendo sempre. Cada vez que comparecemos ao trabalho, estamos escolhendo trabalhar ali. Cada vez que relacionamos com alguém, estamos escolhendo relacionar com aquela pessoa.

Cada vez que decidimos continuar vivendo como estamos vivendo, somos responsáveis por isso. E se as escolhas que fazemos permanecem nos fazendo sofrer, quem é o responsável?

As circunstâncias ou você?

No campo da segurança o que você faz pela sua própria ou a do seu semelhante?

Muitos optam por fazer coisas tais como: Cursos dos mais variados, atividades diversas ou outra atividade para aumentar sua cultura ou mesmo para ocupar o tempo vago. Enquanto poucos se preocupam com a segurança, fazendo verdadeiros cursos de segurança (Existem Profissionais em ministrar cursos, Escolas e Academias voltadas para essa linha de Ensino), a maioria  deixa que o Estado faça a segurança almejada por todos, sendo que esta parte é infelizmente a variante da vida ou morte.

Voltando ao início não podemos pensar que só as circunstâncias externas sejam responsáveis pela falta de segurança e por que não pensar que é a acomodação da população que favorece tal circunstância.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

SEGURANÇA PREVENTIVA E CIDADANIA

A atividade de segurança preventiva pode ser exercida por qualquer cidadão e difere dos encargos exclusivos das policias.

Compõe-se de medidas e iniciativas pessoais assumidas no âmbito ou instância de cada um. A simples sinalização de um local de perigo ou ocorrência demonstra ato de cidadania, humanidade e muita sensibilidade.

É mais do que o pleno exercício da prevenção, é a demonstração da vontade de colaborar com a redução da violência no município.

Minimiza a sensação de insegurança sem, no entanto interferir com o poder de polícia. Não carece de uma qualidade policial, basta compreender que a segurança, além de um direito é um dever. Art. 144 da Constituição Federal - A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, garante a participação individual ou coletiva das pessoas no processo de prevenção.

Permite presumir que ela também se estabelece com processos não policiais, aliás, a policia não é onipresente, enquanto a população encontra-se em todos os lugares a qualquer tempo ou circunstâncias, visto como compulsória a ação de cada um na articulação das medidas de prevenção e tranqüilidade de todos.

Nosso município conta com cidadãos comprometidos com o bem estar social, possui forças policiais fortes, podendo contar também com a Guarda Civil Municipal que atua em beneficio de todos. Colabora com a Polícia Civil e Militar, no sentido preventivo, onde, grande parte de seu êxito está no ato de se fazer presente.


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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

TRÂNSITO - VIOLENTO E TRAIÇOEIRO

Está tornando banal qualquer notícia sobre as atrocidades ocorridas diariamente no trânsito, quer urbano ou não. Urge a necessidade de medidas eficazes.

Hoje se pensa muito em fazer fiscalização eletrônica, deixando fora do visual do infrator a figura do Agente Fiscalizador (Ser humano), que se não for o maior fator inibidor, seguramente é um dos mais relevantes. Por mais sofisticados que sejam os diversos equipamentos eletrônicos, não conseguem impedir tanta desgraça.

Noticia na mídia em geral conta diariamente os verdadeiros absurdos ocorridos nas mais variadas situações, motoristas embriagados, dirigindo na contramão, menor de idade ao volante, condutor sem habilitação, veículos em mal estado de conservação e muitos outros.

Para especialistas, as estatísticas oficiais no Brasil não relatam a real situação do trânsito no país. Por exemplo, os números oficiais de mortos no Brasil, vítimas de acidentes de trânsito não passam dos 35.000 por ano, porém sabe-se que são contados apenas aqueles que morrem no local do acidente.

Não há um acompanhamento, mesmo que a vítima morra na ambulância a caminho do hospital, ela não será contabilizada. Muitos acreditam que esse número passe dos 50.000 mortos por ano. (A maioria das cidades brasileiras não possui tal número em habitantes). Sem levar em conta o número imensurável de vitimados e que não fazem parte de nenhuma estatística, como por exemplo: os que ficam com sequelas, mutilados, paraplégicos, tetraplégicos ou com outra lesão.

Na Europa as campanhas publicitárias enfocam com muita agressividade os assuntos relacionados ao excesso de velocidade, bebida e negligência de certos motoristas.

No Brasil a Lei número 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), possui 341 artigos que proporcionam instrumentos e condições para que o processo de circulação de bens e pessoas através do espaço físico brasileiro, tanto rural como urbano, se desenvolva dentro de padrões de segurança, eficiência, fluidez e conforto.

O crescimento desordenado da população e a facilidade para adquirir um automóvel, geraram elevado número de veículos nas ruas, especialmente nas capitais e vários municípios do interior. Enfrentar o trânsito diariamente nas grandes metrópoles é irritante.

Obras intermináveis, engarrafamentos, buracos, assaltos etc.

A pessoa fica mal humorada ao volante. Motoristas andam colado para-choque com para-choque, para não dar entrada a outro carro na sua frente, atitude que coloca em risco seu veículo e os demais adjacentes.

O ser humano é passível de erro, porém, no transito a pessoa quando erra, mesmo involuntariamente é desacatada pela grande maioria que presenciou o fato, o que contribui para sucessivas manobras erradas, respostas de baixo calão, brigas e mortes, trajetória caótica no dia a dia do famigerado trânsito urbano.

Até quando???

Publicado no Blog "Os Municipais" em 07 de outubro de 2010.

Fênix ou Pedras Preciosas

A fênix é um pássaro da mitologia grega e egípcia que quando morria entrava em auto-combustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas.

Outra característica da fénix é sua força que a faz transportar em vôo cargas muito pesadas.

Já o garimpeiro quando consegue uma pedra preciosa, nem sempre ela apresenta de imediato o seu real valor, só após várias lapidações e preparos é que a mesma começa a mostrar sua verdadeira qualidade.

Mal comparando a uma ave ou garimpo, as Guardas Civis Municipais, hoje estão rejuvenescidas e lapidadas como uns verdadeiros diamantes, tendo o início de sua trajetória confundida com a própria história do homem, no sentido de guardar bens próprios ou alheios.

Ressurgida na gestão do prefeito Jânio da Silva Quadros, através da Lei Municipal 10.115 de 15 de setembro de 1986, como uma corporação armada e uniformizada, tendo como competência legal a proteção dos bens públicos municipais (logradouros, parques, prédios públicos e monumentos) e a colaboração na segurança pública.

Hoje as Guardas Civis do Brasil inserem-se nos municípios como membros ativos no quesito segurança urbana. As cidades que já as possuem, sentem o seu verdadeiro espírito colaborador, em qualquer missão que lhe é atribuída.

O atendimento de um Guarda é caracterizado pela dedicação, humildade, solidariedade, benevolência, cordialidade, devoção ao bem servir. Proporcionam uma melhor qualidade de vida a todos indistintamente, sem o intuito de reconhecimento.

Passam-se gerações, anos, governos e o cidadão fardado, continuam a exercer um fascínio, noção de segurança e imagens que ali está um ser, diferente dos demais capaz de dar proteção.

O agente responsável pela segurança urbana deve ser uma pessoa equilibrada, calma, consciente da sua função, não se deixando levar para o lado do capricho, da vaidade, da ignorância, da leviandade, da truculência ou mesmo da corrupção.

O povo brasileiro necessita de Guardas Civis Municipais de qualidades morais que os recomendem em qualquer situação e principalmente dotados de boa vontade para servir ao próximo. Aos verdadeiros baluartes da ordem e segurança nos municípios brasileiros, a minha saudação em azul marinho.

Publicado no Blog "Os Municipais" em 21 de julho de 2010.

Corrupção, demagogia e apatia.

A palavra corrupção deriva do latim, significando quebrado aos pedaços, apodrecido e pútrido. Já corrupção na política significa o uso ilegal, dos governantes, funcionários públicos e agentes privados, com o objetivo de transferir renda pública ou privada de maneira criminosa para determinados indivíduos ou grupos de indivíduos ligados por laços comuns de interesses.

Demagogia é a condução de um povo a uma falsa situação. Com a proposta de algo que não se pode colocar em prática, apenas com o intuíto de obter vantagens. Na política é a arte de prometer “mundos e fundos” que na realidade não se concretizam.

Apatia leva o indivíduo a ficar indolente, com falta de vontade e energia para mudar qualquer situação e sem disposição para o envolvimento em pról de algo que gere mudanças. Tempos idos em que a escola pregava estudos sobre vultos históricos, pelo ao menos uma vez por semana o canto do Hino Nacional, homens públicos corruptos execrados em todas as faixas sociais e até das conversas de bares.

Hoje o que dizer aos filhos e netos a respeito de tudo que está acontecendo. Como cobrar deles procedimento digno, correção de atitude e honestidade, se a comunidade está em cataclismo social.

A corrupção fenômeno que se confunde com a própria história humana, atinge sociedades em menor ou maior escala, gera problemas comprometedores da própria capacidade administrativa do órgão envolvido. Seu desempenho danoso mina setores importantes da sociedade, o social, o econômico e o político.

A corrupção pública está no foco dos debates mundiais. Em alguns casos o fenômeno tem se transformado em verdadeiros escândalos cinematográficos. Representantes do povo sabidamente corruptos em cargos públicos ou alhures sob seu domínio usa a mídia para pregar valores incompatíveis com a sua história de vida.

Urgente é a pratica da democracia, enquanto tem, e fazer valer o mecanismo colocado à disposição do povo (O VOTO).

Neste ano de 2010, temos mais uma vez a grande oportunidade de banir do poder tais personagens, que na sua grande maioria são uns verdadeiros agentes corruptos cristalizados nas três esferas do poder: Federal, Estadual e Municipal.

Em conseqüência nossas instituições perdem a credibilidade, o povo a referência e o descalabro da criminalidade proliferam assustadoramente. Sobrando a culpa desta última, aos órgãos responsáveis pela Segurança Urbana. Quando a população quer imputar toda a culpa pela falta de segurança, à Polícia Militar, Polícia Civil e hoje até as Guardas Civis Municipais, sendo que as soluções dos problemas estão na outra ponta, ou seja, nos legisladores. Coloca em risco não só a segurança das Instituições, dos Patriotas, mas principalmente o destino da Nação.

A onda desenfreada da criminalidade, espelhada no nefasto exemplo da corrupção, a falta clara de punição ao infrator, e o descaso de todos, torna digressivo o papel do homem de bem na sociedade, que arca com a conta e acata com apatia os desmandos patrocinados pelos representantes eleitos, encarregados pelo povo para proporcionar o bem estar social, a defesa da ética, dos bons costumes e da moral.

Publicado no Blog "Os Municipais" em 06 de julho de 2010.

AÇÕES EM ESTABELECIMENTOS DE ENSINO

Uma das preocupações quanto ao tipo do serviço a ser prestado por um GCM(F), escalado numa escola da rede de ensino, deve estar voltada principalmente aos horários de entrada e saída dos estudantes. Cabendo nessas ocasiões uma maior atenção com o que ocorre nas imediações do que mesmo no próprio estabelecimento, procurando sempre conversar com os pais dos alunos que constantemente vem trazer seus filhos, a fim de se informar sobre pessoas ou coisas suspeitas nas redondezas, se for de sua competência procura resolver, mas de qualquer forma comunique à Central a informação obtida e o procedimento que pretende adotar.

Lembre-se corajoso tem prudência e o afoito tem imprudência. E quando se fala em segurança, temos o dever de cuidar em primeiro lugar da nossa própria e depois da de terceiros, pois do contrário ao invés de ajudar, vamos precisar de ajuda. Sempre que possível manter um contato com todos os membros do estabelecimento de ensino.

Também não esqueça o lado externo, pois após fechar os portões, quem não for morador ou que exerça alguma atividade diária no local, deve ser convidado a se retirar, uma vez que a sua presença naquele local não é necessária. Atenção também deve ser dada aos comércios ambulantes que freqüentam o local, evitando que os mesmos sejam instrumento de tráfico de drogas. Procure orientar professores, alunos ou quem precise estacionar seus veículos, nas proximidades da escola, orientando para não deixar em frente a guia rebaixada, garagem, próximo à esquina etc. Com isso estará colaborando com a tranqüilidade social e dando uma verdadeira sensação de segurança, quer para os alunos ou outra pessoa qualquer.

Não espere ser solicitado para parar o trânsito, por ocasião da travessia de alunos, velhos ou deficientes, tome a iniciativa. A presença de um ou mais GCM(F) executando algumas das tarefas acima mencionadas ou outras julgadas cabíveis e necessárias são de simples realizações e de grande reconhecimento popular, uma vez que este tipo de procedimento já está fazendo parte do passado brasileiro. E é ai que o seu serviço aparece você se destaca e a sua corporação é reconhecida e respeitada por todos.

O QUE PODEMOS FAZER

Muito se tem falado e discutido, sobre a segurança nas escolas, mas a realidade é somente uma "a segurança depende de cada um de nós” quer seja: militar ou civil, fardado ou uniformizado, no seu horário de trabalho ou folga, não interessando se tem filhos ou parentes naquele local.

Podemos nos envolver para a solução do problema da insegurança e principalmente no que tange as drogas. As policias quer Militar, Civil ou mesmo as Guardas Civis Municipais para bem agir, dependem de informações, muitas vezes negadas por quase todos com medo de represálias, o que realmente acaba colaborando para a prática desse tipo de delito ou outro qualquer.

A presença física de um Guarda ou Policial inibiu um pouco, mas não resolve o problema, o que realmente precisamos é de uma política de segurança voltada mais para o lado da inteligência do que a da força, que já provou que pouco ou quase nada adianta.

O que então podemos sugerir como um bom procedimento seria a adoção de medidas capazes de colaborar definitivamente com o trabalho humano. Conforme ditos acima precisaram que realmente haja uma vontade política por parte dos governantes, a nível nacional, estadual ou principalmente municipal. Com a criação de uma disciplina própria sobre o assunto, orientação precisa e periódica aos professores e a utilização de meios eletrônicos, tais como: circuito fechado de TV, alarmes de todas as espécies, botão de pânico tudo isso ligado a uma central de operações rasteada e controlada diuturnamente com capacidade de disponibilizar uma pronta resposta, em frações de segundos, que se não lograr êxito na captura dos delinqüentes, disporá de um arquivo armazenado pelo circuito fechado de TV, cuja fita nas mãos de pessoas especializadas, capazes e legalmente constituídas para o trabalho de pesquisa e repressão, irá dispor das informações necessárias para desvendar e capturar os infratores.

0 que não ocorreria com a testemunha pessoal, por medo da represália. Temos a obrigação de dar as nossas crianças um mínimo de tranqüilidade e segurança social, uma vez que serão os nossos substitutos naturais e que do jeito que a coisa vai indo, estamos a cada novo dia criando verdadeiros temerosos de viver, o que é pior, uma grande parte acredita que a violência é uma coisa natural entre os seres humanos. Criando verdadeiros tabus que realmente não sabermos se um divã e um psicólogo vão resolver os seus problemas. Portanto a segurança escolar passa a ser uma atividade de todos visando à cobertura dos estudantes, dos professores e dos próprios municipais.

Os Guardas Civis Municipais, masculinos ou femininos, devem:

- Ser os verdadeiros agentes responsáveis por tudo e por todos, devendo criar um roteiro de trabalho e também fazer rondas aleatórias tanto de dias, horários, ou locais, a fim de proporcionar a elaboração de relatórios, bancos de dados ou mesmo ao estudo da permanência ou modificação dos serviços existentes, tudo visando o bem estar e a segurança escolar;

- Independentemente de ser Agente de Transito ou não, devem proceder a travessia dos alunos, pelos locais designados (faixas de pedestres) ou mesmo sem a existência das mesmas. Procurando sempre educar os alunos e mestres da necessidade e modo correto de atravessar uma via;

- Devem evitar, antes de acontecer e já ir dispersando aglomerações nas proximidades dos estabelecimentos de ensino, para isso, devem tomar a iniciativa de coibir imediatamente, batucadas, serenatas, algazarras, uso exagerado de buzinas, pessoas suspeitas, principalmente nas aulas de educação física feminina;

- Sempre que possível garantir a integridade física, dos professores, alunos e funcionários e ainda a preservação do estabelecimento, nunca imiscuir em assuntos administrativos e nem executar funções fora de sua competência, a não ser em caso de emergência, onde se justifica qualquer iniciativa;

- Proporcionar apoio, quando solicitado, para a retirada do estabelecimento de ensino, de pessoas ou coisas indesejáveis ou que estejam criando transtornos ao bom andamento dos trabalhos;

- Conhecer todas as entradas e saídas possíveis, prevendo uma possível evacuação do local, conhecer os locais dos extintores de incêndio, para utilização em caso de emergência;

- dar bons exemplos de tratamento, cortesia, apresentação individual e tudo o que puder influenciar na formação dos alunos, uma vez que o homem ou mulher uniformizados, exercem um fascínio muito grande, principalmente às crianças e adolescentes;

- Evitar a condução de alunos até suas residências, a não ser, quando solicitado pela direção do estabelecimento, que deverá fornecer um acompanhante e ainda fazer via rádio um prévio contato com a Central, unicamente com o intuito de preservar a boa imagem e o bom nome da corporação, sem tais precauções, pode haver algum comentário maldoso dizendo que a GCM está executando prisões arbitrárias de alunos.

Extraído do livro “GUARDA MUNICIPAL, SIM, SENHOR – um novo caminho

Publicado no Blog "Os Municipais" em 22 de maio de 2010.

ÉTICA PROFISSIONAL

A ética profissional além de ser fator exuberante, caminho seguro e de resultados positivos para qualquer corporação.

É um conjunto de normas de conduta, uma ação "reguladora" que age no desempenho das profissões.
O Guarda Civil Municipal imbuído da responsabilidade pela segurança urbana tem o dever e a obrigação de agir dentro dos preceitos legais, recebendo em troca o respeito das autoridades, a aprovação de seus pares e o reconhecimento social.

Tal profissional respeita o semelhante quando no exercício da sua atividade, visando à dignidade humana e a construção do bem-estar no contexto sociocultural.

A ética deve contemplar todas as profissões e quando se fala de ética profissional, se refere ao caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a partir de estatutos, códigos e até mesmo por tradições.

Sendo a ética inerente à vida humana, sua importância é bastante evidenciada na vida profissional, porque cada profissional tem responsabilidades individuais e responsabilidades sociais, pois envolvem pessoas que dela se beneficiam.

A ética é ainda indispensável ao profissional da segurança urbana, porque na ação humana "o fazer" e "o agir" estão interligados.

O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão.

O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.

“A Ética baseia-se em uma filosofia de valores compatíveis com a natureza e o fim de todo ser humano, por isso, "o agir" da pessoa humana está condicionado a duas premissas consideradas básicas pela Ética: "o que é" o homem e "para que vive", logo toda capacitação científica ou técnica precisa estar em conexão com os princípios essenciais da Ética. (Motta 1984)”.

Concluindo toda e qualquer atividade humana e principalmente dos agentes de segurança urbana, desenvolvida dentro da ética e transparência, além de não onerar o executante da ordem ou o dever da profissão, ainda, o exortará à dignidade merecida.

Publicado no Blog "Os Municipais" em 10 de maio de 2010.
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